Mais uma vez, a face hedionda do narcotráfico é exposta, desta vez em nosso próprio quintal. A apreensão de meia tonelada de cocaína em um navio no Maranhão é um escândalo que nos faz questionar a segurança das nossas fronteiras e a eficácia das nossas instituições.
É inacreditável que uma carga tão expressiva de droga tenha conseguido cruzar o oceano e chegar tão perto de nosso território. A pergunta que não quer calar é: como isso foi possível? A resposta é simples, mas dolorosa: a corrupção está entranhada em todos os níveis da sociedade, desde a alfândega até as altas esferas do poder.
A rota da droga, passando pela Holanda e com destino à Espanha, revela a dimensão global desse crime organizado. É um jogo de xadrez onde vidas são as peças e o dinheiro sujo é o prêmio. Enquanto isso, nós, cidadãos de bem, somos reféns dessa guerra silenciosa, que destrói famílias, comunidades e o futuro de nossa nação.
A incineração da droga é apenas um paliativo. O problema é muito mais profundo e complexo. É preciso investigar a fundo essa quadrilha, prender todos os envolvidos e desmantelar essa organização criminosa. Além disso, é urgente reformar o sistema prisional, combater a corrupção e investir em educação e oportunidades para os jovens, para que eles não sejam cooptados pelo tráfico.
Não podemos mais aceitar essa situação. É hora de despertarmos para a realidade e exigirmos ações concretas das autoridades. A guerra contra as drogas não pode ser travada apenas com prisões e apreensões. É preciso uma mudança de paradigma, uma revolução cultural que nos permita construir um país mais justo e seguro para todos.
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