Nos últimos anos, o governo do ex-presidente Donald Trump foi alvo de pesadas críticas e campanhas midiáticas por conta de sua política de deportação de imigrantes ilegais. No entanto, dados recentes mostram que o governo de Joe Biden, que muitas vezes recebeu um tratamento mais ameno da grande mídia, deportou mais brasileiros para o Brasil do que Trump durante o primeiro mandato, além de registrar recordes no número total de deportações nos Estados Unidos.
Entre 2023 e 2025, o governo Biden enviou 3.660 brasileiros de volta ao Brasil em 32 voos fretados, todos destinados ao aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. Durante o ano fiscal de 2024, os EUA deportaram 271.484 imigrantes, o maior número em 10 anos, ficando atrás apenas de 2014.
Para efeito de comparação, durante os três anos mais rigorosos do governo Trump, entre 2018 e 2020, foram deportados 4.966 brasileiros. Já Biden, entre 2021 e 2024, expulsou 6.499 brasileiros, consolidando números ainda mais altos.
Biden e os números das deportações
- Em 2023, foram deportados 1.418 brasileiros em 14 voos.
- Em 2024, o número subiu para 2.142 pessoas em 17 voos.
- Nos primeiros dias de 2025, até 10 de janeiro, um voo com mais 100 deportados foi registrado.
O mais intrigante é a diferença na abordagem da mídia em relação aos dois governos. Enquanto Trump foi atacado com manchetes que o pintavam como um vilão da imigração, Biden recebeu uma cobertura mais branda, mesmo com os dados indicando um aumento nas deportações.
Essa diferença escancara a parcialidade com que grandes veículos de comunicação tratam políticas migratórias, usando o tema como ferramenta para atacar governos conservadores, enquanto aliviavam o peso das críticas ao governo democrata de Biden.
Outro ponto que merece atenção é o tratamento dado aos deportados. Durante o governo Biden, os brasileiros foram transportados de volta ao país com algemas, algo que gerou críticas por parte do governo Lula. Mesmo assim, a grande mídia silenciou ou minimizou esse fato, preferindo não destacar a rigidez da política migratória democrata.
É evidente que as críticas contra Trump tinham um objetivo político claro: desestabilizar sua imagem e fortalecer a oposição. A mesma narrativa, no entanto, não foi usada contra Biden, apesar de seus números expressivos em deportações, o que revela um tratamento parcial e estratégico.
Os dados deixam claro que a política de deportações não é exclusividade de governos conservadores como o de Trump. Biden deportou mais brasileiros e registrou números recordes, mas não enfrentou a mesma tempestade midiática.
Essa realidade nos faz questionar: até que ponto a grande mídia está comprometida com a verdade, e em que momento ela se torna apenas mais uma ferramenta de narrativa política? O caso das deportações expõe mais uma vez o jogo estratégico por trás das manchetes, deixando claro que a parcialidade é uma constante no noticiário internacional.
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